Como gira a roda, como gira.
Às vezes estou em cima,
vejo tudo o quê está embaixo, pequeninos brinquedos de Deus.
Às vezes estou lá embaixo,
olho para o alto e tudo está longe, inatingível. Intocável Paraíso.
Confio no giro.
Estou a girar.
Ora imortal como os Deuses, ora suscetível espécie de gente.
A roda girou de forma brutal, violenta.
Perdi os sentidos, fiquei desatenta. Inconsciente.
A roda gira pra me lembrar, que nada fica no mesmo lugar.
O tempo presente é o único tempo que me pertence.
Aguardo em movimento, mas em silêncio.
O instante de amar e amar girando bem devagar.
Seja bem-vindo! Os textos publicados são inspirados na linguagem pictórica não-verbal do Tarô. "O baralho de Marselha nos chega desacompanhado de um texto explicativo. Em vez disso, oferece-nos simplesmente uma história pela imagem, uma canção sem palavras, que nos acode ao espírito como um velho refrão, evocando lembranças sepultadas" (Sallie Nichols). Textos: Adriana Azenha. Fotos: Viviane Fracari. O Blog deu origem ao espetáculo teatral O MIOLO DA MISSIVA.
Hoje, por enquanto, essa é minha favorita!!!
ResponderExcluirBjross