segunda-feira, 25 de outubro de 2010

O Conflito | Segundo Ato

Foi bom, ela alimentou a intuição com um pedaço de miolo de pão,
após ter realizado com precisão a difícil missão:
Dizer calmamente frases que, sob à luz do dia, nunca são ditas.
Disse com alguma economia, sendo seletiva e consciente do tom grave da devolutiva.
Cara a cara, a dura transparência frente a defesa autêntica;
se enfrentaram com beleza, pareciam estar de brincadeira, cócegas, pega-pega, cabra-cega.
Quem visse de longe, jamais imaginaria, que alí, houvesse uma briga.
Porém brigaram, até sangraram, mas ninguém chorou, foram valentes no quesito resistência.
O terceiro olho piscou pro escancarado sorriso iluminado.
Fim do segundo ato, dormem felizes os combatentes guerreiros.
Um grande, inteiro e o outro completo, em paz com o verso e o reverso.