segunda-feira, 18 de julho de 2011

A Carta Crua | UNIDADE

Para os pés frios, um escalda pés...
Sou o bem que faço pra mim, gosto de ser amável.
Para cada mal-estar que encontro, abro uma sacola, retiro uma bola, começo a jogar.
Boliche, ping pong, golf ou bilhar?
Dois ou par?
Um ou ímpar?
Quando eu não estou é porque alguém me chamou pra conversar.
Eu vou, mas volto já. 
As conversas liberam as palavras, que depois de despejadas, são calmamente separadas.
As que foram ditas das que foram rezadas, as que foram traduzidas das que foram mal interpretadas.
Novamente a sacola: frutas, iscas, lanternas, trilhas.
Brincar de andar, meus passos são dados por uma perna que já foi e por outra que ainda está por vir, e entre uma perna e outra tem uma perna oca que, sem ser perna, misteriosamente caminha.
Rabo de gato.
Pênis de cachorro que lambe o próprio saco.
Cinco ou quatro?
Um no centro do quadrado ou o quadrado com o um no centro elevado?
Ele está no meio de nós e sobre nós: "Corações ao alto!"
Confiar pra poder amar.
Amar pra presenciar.
Um ótimo caminhar de volta ao lar.
Passo e ando, passeado...