segunda-feira, 1 de agosto de 2011

A Carta Crua | Sair Pra Trabalhar!

A melhor saída:
Crer na força da minha vontade.
Crer que, movida pela paz infinita, eu posso, eu mereço, eu tenho a proteção que desejo.
Medo? 
Sim, desconfiança.
Muita sabedoria pra pouca demanda.
A melhor saída:
Aproveitar o tempo que tenho pra sonhar.
Conquistar outro lugar.
Recompensa sobre a mesa, aí está o meu alimento, é o que recebo depois de me ter entregue em oferenda.
Dou meu corpo, meu gozo e minha crença.
Dou minha nudez, meu suor, minha obediência.
Dou meu ar boca a boca, minha água em lágrimas, meu sexo em brasa, minha terra encharcada.
Dou e não recebo, não agora, não neste dia, nesta hora.
Não recebo o suficiente para sustentar meu corpo carente, minha fome de anos.
O que tenho pra hoje, é pouco pro tamanho do meu corpo.
O que tenho pra hoje, reparto ao meio, mesmo que pouco, ofereço a metade deste pouco todo.


Ofereço aos famintos a metade da parte que me foi dada.
Fico com minha fome.
Senti vontade de desistir...mas não vou morrer de fome, de fome de não.
Tenho fome de VIVER!
Com licença, preciso me levantar, me vestir e sair pra trabalhar.
Fui...