sábado, 18 de dezembro de 2010

despudor dos arcanjos

Muito simples. O moinho gira com a força contínua da água.
As águas rolam, rodam. A natureza se movimenta, o vazio se ocupa e o copo cheio transborda, deságua.
E lá está ela com vontade de rodar as saias, de dançar de rosto colado um bolero depravado.
Desencontrados aguardam em quartos separados e improvisados. Aguardam nas suas casas emprestadas, nas suas camas desarrumadas. Aguardam a permissão do acaso para viverem o que já foi combinado secretamente pelos anjos despudorados. Ah...esses anjos que gostam de voar pelados!